terça-feira, 30 de novembro de 2010

Defeito das Mulheres!



Quando Deus fez a mulher já estava em seu sexto dia de trabalho fazendo horas extras.

Um anjo apareceu e Lhe disse: "Por quê leva tanto tempo nisto?"

E o Senhor respondeu:

"Já viu a minha ficha de especificações para ela?"

Deve ser completamente lavável, mas sem ser de plástico, ter mais de 200 peças móveis e ser capaz de funcionar com uma dieta de qualquer coisa, até sobras, ter um colo que possa acomodar quatro crianças ao mesmo tempo, ter um beijo que possa curar desde um joelho arranhado até um coração partido e fará tudo isto somente com duas mãos."

O anjo se maravilhou com as especificações.

"somente duas mãos.....Impossível!"

e este é somente o modelo básico?



É muito trabalho para um dia...

Espere até amanhã para terminá-la."

Isso não, protestou o Senhor. Estou tão perto de terminar esta criação que é favorita de Meu próprio coração.

Ela se cura sozinha quando está doente e

pode trabalhar jornadas de 18 horas.

" O anjo se aproximou mais e tocou a mulher."


"mas o Senhor a fez tão suave..."

"É suave", disse Deus, mas a fiz também forte.

Você não tem idéia do que pode agüentar ou conseguir.

"Será capaz de pensar?" perguntou o anjo.

Deus respondeu:

"Não somente será capaz de pensar mas também de raciocinar e de negociar"


O anjo então notou algo e estendendo a mão tocou a bochecha da mulher....

"Senhor, parece que este modelo tem um vazamento...

Eu Lhe disse que estava colocando muita coisa nela..."

"Isso não é nenhum vazamento... é uma lágrima" corrigindo-o o Senhor.

"Para que serve a lágrima," perguntou o anjo.

e Deus disse:

"As lágrimas são sua maneira de

expressar seu destino, sua pena, seu desengano, seu

amor, sua solidão, seu sofrimento, e seu orgulho."

Isto impressionou muito ao anjo

"O Senhor é um gênio, pensou em tudo.

A mulher é verdadeiramente maravilhosa"

Sim é!

A mulher tem forças que maravilham aos homens.

Agüentam dificuldades, levam grandes cargas, mas têm felicidade, amor e alegria.

Sorriem quando querem gritar.

Cantam quando querem chorar.

Choram quando estão felizes e riem quando estão nervosas.


Lutam pelo que crêem.

Enfrentam à injustiça..

Não aceitam "não" como resposta quando elas crêem que há uma solução melhor.

Privam-se para que a sua família possa ter.

Vão ao médico com uma amiga que tem medo de ir.

Amam incondicionalmente.


Choram quando seus filhos triunfam e se alegram quando seus amigos ganham prêmios.

Ficam felizes quando ouvem sobre um nascimento ou um casamento.


Seu coração se parte quando morre uma amiga.

Sofrem com a perda de um ente querido, entretanto são fortes quando pensam que já não há mais forças.

Sabem que um beijo e um abraço

podem ajudar a curar um coração partido.

Entretanto, há um defeito na mulher:


É que ela se esquece o quanto vale.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Talvez



Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer da minha vida. Mas farei com que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.

Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar um derrotado.

Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.

Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de vítima.

Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar as mãosque se estenderem em minha direção.

Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas. Mas não terei vergonha por este gesto.

Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém mereça a minha confiança.

Talvez no decorrer dos anos eu perca grandes amizades. Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.

Talvez algumas pessoas queiram o meu mal. Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.

Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritimo da música. Mas então, farei com que a música siga o compasso dos meus passos.

Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris. Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.

Talvez hoje eu me sinta fraco. Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.

Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias. Mas terei a consciência de que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.

Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música. Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.

Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações. Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.

Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se minha companheira. Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.

Talvez eu não seja exatamente o que eu gostaria de ser. Mas passarei a admirar quem sou. Porque no final saberei que mesmo com incontáveis dúvidas eu sou capaz de construir uma vida melhor.

E se ainda assim não me convencer disso, é porque como diz aquele ditado "AINDA NÃO CHEGOU O FIM"

Porque no final não haverá nenhum "TALVEZ" e sim a certeza de que minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.

Aristóteles Onassis

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Hj é dia de poesia!


O céu é fonte de infinitas inspirações


Há flocos de algodão no céu
formando estranhas imagens
que lembram enamorados
flutuando de paixão

Um enorme avião quebrou
o encanto e dissolveu o amor
fragmentando-o em brancas
nuvens levadas pelo sopro
nefando das turbinas

Então a lua ficou brincando
de holofote e iluminou o espaço
enquanto o sol dormia cansado
de tanto escaldar a terra
com sua grandiosa fogueira

Contudo, o sentimento que
une homens e mulheres na
paixão da alma, embora tão
desfigurado pelas asas do avião
ciumento, perdurou. Pois não
morre o que não tem começo
nem fim...o amor simplesmente
é...


Gilmar Bezerra

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Família é prato difícil de preparar"



de O Arroz de Palma, de Francisco Azevedo...


Família é prato difícil de preparar.
São muitos ingredientes.
Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo.
Pouco importa a qualidade da panela,
fazer uma família exige coragem, devoção e paciência.
Não é para qualquer um.
Os truques, os segredos, o imprevisível.
Às vezes, dá até vontade de desistir.
Preferimos o desconforto do estômago vazio.
Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio.

Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de
nos entusiasmar e abrir o apetite.
O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares.
Súbito, feito milagre, a família está servida.
Fulana sai a mais inteligente de todas.
Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade.
Sicrano, quem diria?
Solou, endureceu, murchou antes do tempo.

Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante.
Aquele o que surpreendeu e foi morar longe.
Ela, a mais apaixonada.
A outra, a mais consistente.

E você?
É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia.
Como saiu no álbum de retratos?
O mais prático e objetivo?
A mais sentimental?
A mais prestativa?

O que nunca quis nada com o trabalho?
Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo.
Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida.
Não há pressa.
Eu espero.
Já estão aí?
Todas?
Ótimo.

Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados.
Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola.
Não se envergonhe de chorar.
Família é prato que emociona.
E a gente chora mesmo.
De alegria, de raiva ou de tristeza.

Primeiro cuidado:
temperos exóticos alteram o sabor do parentesco.
Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias,
que quase sempre vêm da África e do Oriente
e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.

Atenção também com os pesos e as medidas.
Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre.

Família é prato extremamente sensível.
Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido.
Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional.

Principalmente na hora que se decide meter a colher.
Saber meter a colher é verdadeira arte.
Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita.
Bobagem.
Tudo ilusão.

Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini;

Família à Belle Meunière;
Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria.

Família é afinidade, é
"à Moda da Casa"
E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces.
Outras, meio amargas.
Outras apimentadíssimas.
Há também as que não têm gosto de nada,
seriam assim um tipo de Família Dieta,
que você suporta só para manter a linha.
Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente,
quentíssimo.
Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa.
A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando
e transmitindo o que sabe no dia a dia.
A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta,
e outro aqui, que ficou no pedaço de papel.
Muita coisa se perde na lembrança.
Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu.
O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça,
por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer.
Se puder saborear, saboreie.
Não ligue para etiquetas.
Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana,
na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo.
Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.

"Ao término do jogo, o rei e o peão voltam para a mesma caixa."
(Provérbio italiano)


Qualquer semelhança é mera coincidência...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Você é a vida que vc tem!



Por Tiago Mesquita

O que a gente percebe. O meu destino. Tudo está interligado. O velho ainda é menino. Eis um grande aprendizado. Você é a vida que tem. Olhe por exemplo o agora. Com todos os seus nuances. Os flagrantes das fragrâncias que percorrem seu olfato. Sinta e comprove que tudo está de fato interligado. Que tudo não passa de um grande aprendizado.

Veja o exemplo das colheitas. Daquilo que você tem plantado. Se há algo errado há de ser o universo? O inverso do que pensa geralmente é o mais correto. O contraditório é certo até que se proponha o contrário com respaldo e embasamento. Estamos no caminho certo. Apesar dos apesares. Olhar para frente ao caminhar enobrece a força do passo. Olhar para o chão é perder a compostura. A pura forma da natureza afirma que os olhos devem estar atentos.

São anos para perceber. São muitos outros para perceber o que a gente percebe. A minha percepção determina a qualidade do meu destino. Entre o velho e o menino existe um salto quântico. E a verdade é que ambos podem viver em paz. Conviver. Coexistência é a palavra do planeta. Quando um cometa risca o céu ninguém deve se perguntar por que. A boca paga pelas despesas que diz.

O aprendiz de um grande mestre pensa no quanto o pensamento é vazio. Enquanto simplesmente se funde e confunde com a paisagem que o produz. No outro lado do mundo um pai fala aos seus filhos que amor é luz de altíssima vibração e potência. A paciência que ele tem para ensinar cada um deles reflete a lição ministrada.

Quem escolheu esta linha fui eu. Esta vida é minha. Não adianta fugir. Só podemos chegar a nós mesmos. Cada plano que você traça. Cada coisa que você quer. Cada ano que você vive. Não há razão para medo. O desejo é a vontade de viver. Que vida eu escolhi para mim? Foi a mesma que você escolheu pra você?

Estamos todos no mesmo barco. Ele é grande como uma casa. Nele todos cabem. Nele todos são. Ser ao mesmo tempo é o segredo do barco. Estar no mesmo espaço é o sagrado. Espaço e tempo em harmonia. Velho e menino em sintonia. Espaço enquanto elemento fundamental de unificação. Tempo como fator universal de sincronização.

As explicações estão aqui. Qualquer outro lá é um aqui refletido. Não dê ouvido ao que não te importa. Mas saiba reconhecer as portas que não abriu. Abrir portas é uma habilidade de aperfeiçoamento infinito. Até que se perceba que todas as portas levam ao mesmo lugar. Este ponto é crítico e conturbado. Depois dele o até que enfim. O fim é igual o começo. Sem mundos. Sem nomes. Sem portas. A existência é o reino da eterna indefinição.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Espírito de criança


Por Gilmar Bezerra

Há uma criança inocente se divertindo nas cordas do meu coração enquanto o adulto brinca de ser gente grande e sofre as consequencias disso. O menino que sonha e vive de seus devaneios lúdicos e o amadurecido e circunspecto senhor envolto no pragmatismo que o faz envelhecer e se tornar casmurro.

A cada instante a inocência burla a rígida vigilância do que deixou de ser criança, levando este a contornar os obstáculos que o impedem de rir, chorar e se emocionar. Então, nessa rápida transformação transitória, por vezes somente um relance passageiro, seus olhos vislumbram o mundo sob um novo e maravilhoso aspecto, abrem-se novos horizontes à sua mente rejuvenescida por breve momento. Ele, então, sente que pode, sim, derramar lágrimas e desfazer-se em gostosas gargalhadas sem que isso injurie sua humanidade.

O homem é o garoto impiedosamente obrigado a assumir o desencanto de amadurecer. A batalha inglória entre ambos pela supremacia de um ou outro estado é percebida no semblante melancólico descortinado de quando em quando. Perceptível se torna o conflito no olhar perdido buscando horizontes inexistentes, no ar cansado e aflito que se deixa abater em meio à luta.

O adulto vence e mata a criança existente em sua alma, deixando-se levar pela furiosa onda do tempo, dos cabelos prateados, da calvície, da pele flácida, da falta de massa muscular, de amor. Porque o amor infantil é sublime, mas sucumbe à idade que chega; o que brota nos maduros quase sempre tem um quê de egoísmo e oscila entre o ser e o ter.

Sentimento de posse, ânsia de ser dono, anelo de possuir sob amarras e pressões. Perece o menino sorridente ainda moribundo na mente ocupada por afazeres adultos e o senhor sorumbático atabalhoado entre inúmeras decisões que a vida e o tempo impõem.

É possível a alguém ser homem-criança e no mesmo esboço humano continuar monitorando as rédeas da responsabilidade que lhe chegaram às mãos independente de sua vontade? Sim, em termos. Dispor de horas para brincar com os filhos caso os tenha, dar-lhes a devida atenção quando pedirem, acompanhar a evolução escolar passo a passo, proporcionar-lhes uma educação baseada nos mais nobres princípios e deixar que o espírito de um instante lúdico o coloque no mesmo nível de entendimento e desprendimento infantis.

Agir feito criança nem sempre é sinônimo de irresponsabilidade, quiçá o seja de bom senso quando o momento requer. Que permaneça no âmago de cada um pouco da criança que todos um dia fomos.